Quincy Jones | Retro Magazine

Tavo Bonilla

20 de maio de 2022

São José Costa Rica

A história do produtor musical de maior sucesso do mundo será o centro do nosso artigo de hoje, e aos 89 anos Quincy Jones é uma lenda viva, amigo de Martin Luther King, produtor de Michael Jackson, irmão que Frank Sinatra nunca teve, o homem que descobriu o talento de Will Smith e lo levou ao sucesso, e também o menino que cresceu em Kentucky e que era alimentado pela avó paterna, que era escrava, com a única coisa que ela tinha à disposição: ratos fritos.

Conheceremos toda a história por trás dessa grande lenda desde seus primórdios até la à beira de momentos de controvérsia e disputas.

Biografia

Quincy Jones nasceu em Chicago em 14 de março de 1933 e o que se sabia até agora sobre seus primeiros anos se limitava ao fato de que ele era filho de Sarah Frances e do jogador de beisebol Quincy Delight Jones, que se mudou para morar em Bremerton, um subúrbio de Seattle, quando tinha 14 anos e lá começou a tocar trompete em clubes de soul. Agora também se sabe pelo que ele mesmo contou que cresceu com seu irmão mais novo, Lloyd, com sua avó paterna que era escrava em Louisville e que seus primeiros anos de vida foram tudo menos simples. A precariedade em que viviam os fazia comer ratos fritos quando não havia mais nada para colocar na boca e que sua mãe, Sarah, sofria de uma doença mental que marcou a vida do produtor. Antes de se juntar ao pai, ela já tinha três filhos de um relacionamento anterior e durante anos entrou e saiu de hospitais psiquiátricos devido à sua esquizofrenia. Uma doença que condicionou a vida de seus filhos, inclusive do famoso produtor musical que, segundo ela, não poderia ter uma relação próxima com ela até que ela fosse adulta.

Apesar da dureza de algumas situações que viveu, Jones foi um gênio precoce que encontrou na música sua maior habilidade. Começou a ter aulas de trompete na escola e aos treze anos, conforme explica em suas memórias, já fazia arranjos para o trompetista Clark Terry e dois anos depois despertou o interesse do pianista Lionel Hampton, relacionamento que foi interrompido porque seu esposa Este último negou-lhe fazer parte da orquestra até que ele terminasse a escola. Seus dons naturais o fizeram tocar o paraíso da música e se salvar de um destino incerto devido a uma infância à margem da lei e à dor causada pela loucura de sua mãe.

O seu historial de criações inclui nomes tão conhecidos como Ray Charles, Frank Sinatra, Dinah Washington, Sarah Vaughan ou Count Basie e também outros ligados ao cinema, como os do realizador Steven Spielberg ou do ator Will Smith, já que compôs o som das bandas filmes como The Pawnbroker, In Cold Blood, In the Heat of the Night ou The Color Purple e foi o produtor da famosa série The Fresh Prince of Bel-Air. Também temas musicais para títulos de televisão como Ironside, Sanford and son ou The Bill Cosby Show. Ele ganhou 27 prêmios Grammy e um Oscar entre outros prêmios, mas também uma invencibilidade no momento: ser o produtor do álbum mais vendido de todos os tempos, Thriller, de Michael Jackson.

É também por sua influência que em 1985 alguns dos principais artistas americanos da época concordaram em gravar uma música que se tornou um hino, We are the world, e que serviu para arrecadar dinheiro para as vítimas da fome na Etiópia. Ele publicou as revistas Vibe e SPIN e em 1990 criou a Quincy Jones Entertainment em uma joint venture com a Time Warner.

Quincy Jones e o irmão que ele nunca teve.

Em suas memórias dedica alguns capítulos a Frank Sinatra, para quem o produtor foi o irmão que nunca teve. Ambos se entenderam bem até a morte do cantor. Jones diz sobre Sinatra: “Frank era meu estilo. Ele era legal, era franco e direto e, acima de tudo, era um grande músico. Eu o amava muito, admito; Eu o amava tanto quanto a qualquer outro músico com quem trabalhei na vida, porque ele era um homem sem meias medidas. Ou branco ou preto. Se ele te amava, ele era capaz de fazer qualquer coisa por você; se ele não gostou de você, o problema era seu. Eu sei que ele me amava também", diz ele.

Era uma daquelas tardes, que normalmente seriam passadas entre reuniões e papelada banal. Em seu escritório na Mercury Records, o jovem Quincy Jones despacha memorandos e cuida dos problemas de outras pessoas. É um trabalho estável, mas para ele, um músico treinado em noites em bares e turnês de shows, junto com nomes como Miles Davis, Ray Charles e Dizzy Gillespie, não era o suficiente para ele. Ele era ambicioso. Eu queria elevar a fasquia ainda mais alto.

Frank Sinatra e Quincy Jones

A oportunidade viria. “Um dia, em 1964, eu estava sentado em meu escritório quando o telefone tocou. Eu respondi. Eu o ouvi dizer: 'Olá, aqui é Frank Sinatra, gostei do trabalho que você fez com (Count) Basie [o álbum One More Time] e quero que você conduza e organize meu próximo álbum, pode muito bem ser swing, '”, relembra o músico no documentário Quincy, disponível na Netflix.

Mas Sinatra era um homem duro. “No começo, ele me testou”, lembra Jones. Ele me disse: 'A instrumentação é muito densa nos primeiros oito compassos.' Eu respondi: 'Sem problemas'.

Assim como Sinatra, o jovem arranjador também confiava muito em seu talento. Os anos como músico de jazz e as aulas de composição em Paris com a famosa professora Nadia Boulanger (que teve entre seus discípulos Igor Stravinsky, Leonard Bernstein, Burt Bacharach, entre muitos outros), deram-lhe uma sólida formação musical. Na verdade, não havia problema.

“Ele consertou na hora”, lembra Sinatra no documentário da Netflix. Parecia impossível para mim que alguém pudesse fazer isso.”

"A voz" era um homem de outra geração. Foi formado na era das big band, quando o trabalho em equipe era importante. Muitas vezes, como retrata a extraordinária crônica de Guy Talese (“Frank Sinatra está resfriado”), ele desprezava a autoconfiança dos jovens dos anos sessenta, que viviam a idade de ouro da juventude. Ele era um sobrevivente.

Para aquele ano de 1964, as sessões de It could as well be swing, deixaram uma bateria de temas em que se destacou “Fly Me To The Moon”, um clássico do repertório de Sinatra, que imperou numa época em que os ascendentes e os elétricos astros do rock and roll e do soul ameaçavam deixar para trás crooners como ele, onde Jones era o arranjador musical do repertório e a confiança de Sinatra em Jones a partir de então era total, levando a uma amizade que se tornou as 2 estrelas em irmãos pelo resto da a vida deles.

Quincy Jones e Fedorento.

Era o ano de 1972 e Quincy Jones estava na casa de Sammy Davis que convidou Jones para ver o The Ed Sullivan Show e o especial dos Jackson Five, a partir desse momento Jones ficou impressionado com a atuação do garotinho de apenas 14 anos.

No ano de 1977 e após o musical The Wiz, inspirado no Mágico de OZ em sua versão afro-americana e com a participação de Diana Ross, Jackson entrou em contato com Jones deixando claro que estava pronto para criar seu primeiro álbum solo, porém não foi até 1979 que Jones começaria a trabalhar em colaboração com Jackson em seu quinto álbum Off The Wall, seguido por Thriller de 1982 e Bad de 1987, sendo estes 3 os álbuns mais vendidos do cantor, onde Thriller continua sendo o álbum mais vendido do_cc781905 - 5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d_história.

De acordo com Jones, ele ficou impressionado com seu profissionalismo, que era "genuinamente tímido" e que escondia "uma existência incrível". Dessa união surgiram grandes sucessos para ambos e na autobiografia Jones afirma que "até hoje ninguém foi tão grande quanto Smelly". Essas declarações contradizem outras que se tornaram muito polêmicas nas quais ele afirmou, por exemplo, que Jackson era "ganancioso, maquiavélico" e que do ponto de vista musical ele havia "roubado muitas coisas". Ele também chegou a dizer que os Beatles foram "os piores músicos do mundo, alguns filhos da puta que não sabiam tocar", ou que Paul McCartney foi "o pior baixista que já ouvi na minha vida". ", mas falaremos sobre isso depois. .

Já se passaram muitos anos desde que Quincy Jones se referiu a Michael Jackson como "Fedorento". (Fedido)

Jones diz que chamou Jackson assim porque quando eles estavam gravando "Thriller", Michael usou essa palavra para se referir a "funky". ele gostava de xingar sempre que havia erros durante a gravação do álbum e usava a palavra Smelly.

Michael Jackson & Quincy Jones

Michael Jackson & Quincy Jones
no Grammy Awards de 1984 por Thriller (Álbum do Ano)

Controvérsias entre Jones e Jackson e sua separação.

Para a gravação de filme de ação , Michael estava em êxtase e expectante pelo resultado do álbum mas Quincy não, he acreditava que Thriller seria um fracasso que tiraria Michael do cenário musical.

"Não vai dar certo Michael, é uma merda, quem quer ver você vagando por aí e dançando com monstros"

Mas Michael disse a ele:

"Tenha fé, Quincy, se não der certo, estou fora."

Mas Quincy continuou:

"Não vai atingir as vendas de Off the Wall, você vai estragar tudo"

Mas nós conhecemos a história, Michael não precisou se aposentar, o álbum foi um sucesso e ainda é lembrado como o melhor da história musical, Quincy ficou feliz porque Michael não errou e ambos se beneficiaram.

Apesar de Bad não ter alcançado as vendas de Thriller, foi um grande sucesso apesar das críticas mas Quincy colocou muitos mas na produção, ele acreditava que Michael deveria voltar as origens de Off the Wall, pois não gostava que cantasse comum as coisas em Bad usam muitas gírias ou palavras complicadas) mas Michael desejado crescer e isso causou a quebra.

PERIGOSO PECADO QUINCY

Em 1988, Quincy queria continuar a fazer manchetes sobre tudo o que Michael fazia., Ruim para ele foi horrível (assim como Thriller), mas quando viu os resultados mudou de ideia.

Então Michael começou a pensar em seu novo álbum Dangerous, ele escreveu algumas músicas e as cantarolou, mas ao ouvi-lo Quincy disse enfaticamente:

"Meu Deus Michael, você não tem mais criatividade, o que diabos você está compondo"

Michael riu e disse:

"Quincy, eu quero que você fique comigo, mas eu quero me envolver mais com a minha música"

Quincy ficou sério e disse:

Você está me executando?

E Miguel disse:

"Não, eu só quero me envolver mais com o álbum, com o conteúdo, com os vídeos que...

Antes de terminar, Quincy saiu furioso, mas disse a Michael:

INGRATO!

O resto já sabemos Michael era quem cuidava de tudo relacionado a Dangerous, ele tinha novos produtores musicais e Dangerous era um sucesso, mesmo assim Michael não parava de citar Quincy como seu amigo porque não sabia tudo o que Quincy diria sobre ele.

ELE NÃO É MAIS MEU AMIGO ELE É INGRATO E PRESUNDO

Furioso Quincy Jones, diria que se virou na versão real do Hulk, ele deu entrevistas a torto e a direito sobre sua separação com Michael, obviamente eu culpo Michael, aqui estão algumas das coisas que ele disse (a revista foi uma das muitas que odiaram Michael)

"Ele é uma criança caprichosa, ingrata e também usa drogas"
"Fui eu que compus grande parte dos sucessos dele, sem mim acho que ele não iria mais longe"
“Ele é um menino estranho, eu o formei, sem o meu Thriller não teria feito sucesso, acreditei no álbum enquanto ele queria jogar fora.

Apesar de tudo, cabe Vale ressaltar que juntos foram incríveis e deixaram uma história musical única e com um disco que vive até hoje com a produção de Thriller, que em colaboração criou a produção musical mais importante da história da cultura POP até hoje, onde eles incluíam músicos da estatura da banda TOTO e Eddie Van Halen, entre outros.

O produtor musical mais icônico do século 20

Revista

Produções e Colaborações

Fale sobre produções y As colaborações de Jones em sua carreira é levar em consideração o grande número de cantores que ele produziu temas, além de produções próprias como músico, diretor e arranjador.

Ele compôs a letra e a música de muitos dos maiores sucessos dos anos 80 e 90 para artistas como Donna Summer, George Benson, Celine Dion, Barry White, Al Jerrau, James Ingram, Al Debarge entre muitos outros e_cc781905-5cde-3194 -bb3b-136bad5cf58d_O que mais em 1989 produziu o que para ele foi um dos seus maiores Produções O Jardim Secreto.

Quincy detém o recorde de ser o artista que mais recebeu indicações ao Grammy com um total de 79 e destes recebeu 28 prêmios, incluindo o Grammy Legend Award, em reconhecimento aos seus méritos musicais. Ele recebeu doutorados honorários de meia dúzia de universidades e recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Emmy Award pela música do episódio de abertura de Roots, sete indicações ao Oscar, o AMPAS Jean Hersholt Humanitarian Award e o Tony.

disputas

Em 2018, prestes a completar 85 anos e lançar um serviço de streaming, o Qwest TV, o lendário produtor concedeu uma entrevista inédita para o meio americano Vulture. Nele, repleto de manchetes, ele ataca Michael Jackson, critica os Beatles e menospreza o U2. Além disso, ele confessa ter namorado a agora primeira-dama Ivana Trump e chega a garantir que sabe quem assassinou o presidente John F. Kennedy. Vencedor de 28 prêmios Grammy, Jones é responsável pela produção do álbum mais vendido da história, Thriller, de Michael Jackson. Entre outras coisas, o produtor afirmou que Jackson "roubou" muitas partes de suas canções de outros artistas. "Eu odeio entrar nisso publicamente, mas Michael roubou muitas coisas. Ele roubou muitas músicas", disse ele. "As notas não mentem, cara. Foi o mais maquiavélico possível." Jones citou especificamente Billie Jean, uma canção característica de Jones. O produtor sugeriu semelhanças entre a música e State of Independence da rainha da discoteca Donna Sommer, que também foi produzida por ele e lançada vários meses antes em 1982. Ambas tinham linhas de baixo de sintetizador incomumente longas. Jones também disse que Jackson era um "comilão" e que deveria ter dado crédito lírico parcial ao tecladista, Greg Phillinganes, por sua música Don't Stop 'Til You Get Enough.

Na entrevista ele também fala sobre sua experiência gravando com os Beatles. "Eles eram os piores músicos do mundo", diz Jones a certa altura. "Paul (McCartney) foi o pior baixista que já ouvi. E Ringo (Starr)? Não vamos nem falar sobre isso", disse ele. Tão ruim é sua opinião sobre o grupo de Liverpool quanto sobre o rock em geral, gênero que ele descreve como a "versão branca do rhythm and blues". Quincy Jones também comentou sobre o último álbum do U2: "Eu amo Bono de todo o coração, mas há muita pressão sobre a banda", disse o produtor.

Esses comentários explodiram as redes sociais, que atacaram o produtor riscando de louco e que ele estava tentando voltar à fama às custas dos outros, no entanto, especialistas em psicologia declararam que personagens da estatura de Jones costumam ter desgaste mental que os leva a fazer inapropriado comentários e Fora de cogitação, ninguém pode negar a qualidade de produtor e músico que o Sr. Quincy Jones tem sido na história da nossa cultura POP, que aos 89 anos continua fazendo produções de altíssima qualidade apesar de seu melhores anos ficaram para trás.